Sabe aqueles dias que você quer comer a geladeira?
Se você for uma amiga leitora, vai dizer: claro!!!!
A nossa parceira de caminhada por um longo tempo de nossa vida, a TPM, vem nos lembrar da existência de tudo que tem cacau, leite condensado, açúcar e gordura, em datas especificas de cada mês.
Esse mês, meu doce desejo foi por bolo de fubá.
Aquele, quentinho saindo do forno, fumegando, com erva doce e um toque de canela... (já estou salivando novamente)
E aí, no paraíso das maravilhas da cozinha, me deparo com Carolina Brandão, Chef de Cozinha, sócia da Chef Carla Pernambuco (que eu amo de paixão), e doceira de mão cheia.
E eis o bolo de fubá mais incrível do mundo, todo batido no liquidificador e com textura de pão de ló (só que sem aquele gosto tenebroso de ovo! eca)
Mas, a história não foi perfeita assim...
Estava fazendo uns pães e falei pra Vi bater a massa do bolo.
Como sou exagerada por natureza, achei melhor dobrar a receita, e aí começou o debate a cerca de qual assadeira deveria ser posta a massa.
A única certeza é que tinha de ser a forma de pudim.
Rendeu isto, hein?
Minha mãe começou a dar pitaco, falando que podia ser uma forma tal, que sempre faz naquela... Mas também deu pitaco na receita, "a minha receita não é assim"... (a, e como amo, quando ela começa com os discursos sobre receitas...) e a Vi, (tadinha) já não sabia onde punha a massa.
Fui no armário de formas e peguei uma bem alta de furo central, julgando que pela quantidade da massa, era aquilo.
Mas aí, quando voltei, ela já tinha posto na assadeira que minha mãe tinha falado e a massa, sobrou... Pegou uma forma pequena para por a sobra da massa. OBS: Segundo a teoria de bolo de fubá da minha mãe, como o fubá é mais pesado ele assenta na forma e não cresce tanto.
Eu olhei, e falei: "Já era!", ao passo que a Vi, já tava doida.
Bolo no forno, e aí começa o novo drama: o bolo começa a crescer, crescer e pingar, escorrer, enfim, só meleca.
Começa o cheiro de queimado. E já vi a cara do meu pai, com o cheiro do bolo, posto que ele não suporta nem cheiro de pipoca... nem de tapioca... nem de, a deixa pra lá! Todos os cheiros o perseguem!
E comecei a ver o que faria pra salvar o bolo e o fogão.
Mas nenhum dos dois teve jeito.
Bolo, vulgo massa mole, no lixo e fogão sob a limpeza e supervisão da minha mãe.
Salvou-se o bolo pequeno, mas pequeno mesmo!
Felipe, Nicolas e meu pai deram cabo do pequeno bolo de fubá.
Mas, eu não me dei por vencida!
De noite, sem temer as consequências, fui novamente matar as minhas lombrigas.
Ah, claro, só fiz uma receita, pois a mesma dobrada, vi, também era um exagero.
Bati tudo no liquidificador, menos o fermento.
Mas olhava pro liquidificador e achava que tinha pouca massa. Mas achei que era coisa da minha cabeça.
Untei a forma, pré aqueci o forno e era só esperar! (nhami, nhami!)
Vinte minutos depois começa a quele cheirinho pela casa.
Eu já estava impaciente.
E eis que em 40 minutos o bolo estava pronto!!!!!
Uhuuuuuuuu!
Deixei esfriar, um pouquinho, mas só um pouquinho mesmo, e achei que a aparência estava diferente do pequeno bolo.
Pensei "vai ver que é a quantidade de massa".
Cortei, estava perfeitamente assado e dei uma bela bocada!
Ops!!!!
Mas...
Eu esqueci de por o açúcar na massa do bolo!
E ai que o bolo, virou uma torta salgada (sem sal) de fubá, que todo mundo amou.
Salpiquei queijo parmesão, orégano e comemos com requeijão.
E até agora estou chupando o dedo para comer o bolo de fubá.
Mas sábado, vou me empanturrar!!!
Só de raiva vou fazer uns três, com versões de goiabada, canela e tradicional! Só pra mostrar que sou persistente e que quem manda na cozinha sou eu!
E pra vocês que ficaram curiosos, segue a receitinha aí em baixo.
A e se vocês fizerem, me contem o que acharam. Se exagerei ou não.
Encerro com pitadas de açúcar (para nunca mais esquecer!).
Beijokas,
Dani Nunes