Hoje estou deprê.
É óbvio que não é todos os dias que nossa vida tem cheiro de baunilha e bolo de chocolate.
Acho que não é nem depressão, a palavra é desapontamento.
Mas uma vez senti na pele, o que é se doar para as pessoas e na primeira pisada de bola (que na realidade, não aconteceu), você é apedrejada como se estivesse no Irã.
Mas, como não tenho papas na língua e não levo desaforo prá casa, falei tudo que tinha de entalado na minha garganta.
Sabe, uma vez li um artigo da Danuza Leão, e achei que valia apena compartilhar com vocês:
Como despedir a empregada – eis uma difícil questão - CLAUDIAO problema é que nesse mundo egocêntrico, nós donas de casa, mães, esposas, trabalhadoras, nos apegamos a essas prestadoras de serviço como ente familiar.
Pelo menos no meu caso, só me ferro...
Trato-as com toda dignidade e respeito, levo prá casa, se precisam de qualquer coisa tô ali, e sempre foi assim... Não sou a patroa, sou a Dani. Até que vêm a punhalada.
O Pedro deu um petit com minhas assistentes (mandou elas calarem a boca, que eu iria mandar elas embora, que elas não cuidavam direito do Nico e da Marú, etc - e tudo por que, ele não queria levá-las até a casa delas: queria ir prá minha sogra), e uma delas de tanto nervoso, virou o fim de ano no hospital, com a pressão alta e segundo informe, a beira de um derrame.
Mas ninguém me falou sobre o que havia ocorrido.
Hoje, com a chuva, desabaram também os choros e as insinuações.
Eu parecia uma pinhata! Tratada a pauladas...
Só tive duas coisas prá dizer: se eu tenho que falar alguma coisa, não mando recado pelo meu filho de 8 anos e se não estivessem a vontade para continuar trabalhando, estava tudo bem: a porta da rua é serventia da casa...Numa boa!
Enfim, o que quero dizer no meu desabafo, é que preciso de pessoas que me ajudem com as tarefas do dia a dia e que pago pontualmente, que ensino os meus filhos a terem respeito pelas pessoas (tanto que fiz o Pedro pedir desculpas), que eu tenho respeito pelas pessoas (independente de sua origem, condição social, sexo, religião, time de futebol), que não tolero hipocrisia, que não tolero falso moralismo, e que tô de saco cheio desse tipo de pessoas que querem que o mundo estenda a mão prá elas, mas que não movem um dedo para com ninguém.
O que me deu mais raiva pelo fato ocorrido foi saber que ninguém pensou um minuto em como eu iria ficar, sem a devida prestação de serviço, como iriam ficar os pequenos (Mari e Nico), eu que me fud...Elas não viriam mais. (e não sei, por que voltaram atrás: por dó?)
Percebi que sou mais uma patroa: megera, sem escrúpulos e pronta prá me ferrar, pois o sentimento de amizade entre patrão e funcionário não é recíproco: principalmente quando a parte contraria julga, que VOCÊ, foi quem pisou na bola.
No caso delas, é só repassar um pano úmido, que está tudo limpo.
Será mesmo?
Só fiquei com uma duvida: como é que um menino de 8 anos tem o poder de deixar uma pessoa tão nervosa assim...
O Pedro me tira do sério, ele é cruel em determinados momentos, mas será que de fato o problema foi a falta de educação dele?
Será que o problema é mesmo o Pê ou têm mais alguma sujeira varrida prá debaixo do tapete?
Só o tempo dirá...
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