segunda-feira, 12 de dezembro de 2016

Saudade de você... de vocês...

Oi gente!

Tudo bem?

Como passaram o fim de semana?

Aqui trabalhando muito e embaixo de chuva, toró que Deus mandou pra limpar toda impureza, e tudo que é ruim.

Só que a coisa chata da chuva, é se molhar.

Mas quem sai na chuva é para se molhar; já dizia o ditado, então...

Hoje eu estou com saudade e estou escrevendo por causa dela.

Na realidade, todo ano, quando chega perto do Natal, fico tão saudosa, tão emotiva e com o coração tão cheio de amor, que as vezes me sinto sem ar.

Hoje, quando acordei, mesmo com um sonho conturbado, sabia que tinha sonhado com você.

E fiquei me acalentando para ver se a saudade diminuía.

Fazem quinze anos, exatamente hoje, que você foi morar com Jesus e  Maria.

E fazem quinze anos que me sinto meio órfã, meio abandonada.

Não liga não, pelas minhas lágrimas. É só muita saudade e com tudo que tem acontecido, tenho sentido muito a sua falta.

Porque você era meu porto seguro também.

E porque tem tanta coisa que me lembra você.

O gostinho de um arroz com louro, o tempero de um feijão, o bife acebolado, no qual eu dispensava a cebola.

Doce de banana.

Flores amarelas.

Torta de maçã.

O tricô.

O quile.

Falar bobeira.

Você sabia que vi um documentário da Romy Schneider, e pensei: será que minha vô sabia que ela era tão moderna assim, para aqueles tempos? RsRsRs

Ainda sou apaixonada pela trilogia da "Sissi". E tenho que assistir com a Vi.

Pela Noviça Rebelde, também!. Toda vez que passa uma reprise, lá estou eu chorando e cantarolando Sound of Music com a a Julie Andrews, rodopiando pela paisagem montanhosa da Áustria.

Penso, cada dia mais, que as crianças iriam te amar de paixão. Por isso, sempre falo de você e do vô, para saberem o quanto vocês eram maravilhosos.

Sempre conto as minhas travessuras na casa de vocês e na rua.

Falo das nossas conversas, das nossas risadas e do vô nervoso, quando eu fazia alguma coisa errada.

Mas ele nunca ficava bravo comigo muito tempo e se divertia com as minhas histórias, quando eu era mais velha...

A nossa família está enorme, aliás, você tem tantos bisnetos, que não sei como ficaria a questão dos seus peitos. E todos eles iriam te amar também.

Você sabe, que temos nos visto bastante. E sabe o porque. Mas acho que além do que atravessamos, unidos,  acho que era isso que você e o vô sempre quiseram.

Esse ano vou passar o dia 25 lá na chácara da tia Silvya, e acho que todos, ou pelo menos quase todos nós, estaremos juntos. E claro que vocês também estarão lá: no coração de cada um de nós.

 Só que de vez em quando, esse buraco no meu peito insiste em dar uma sangradinha.

Então, quando acordei, falei pro Carlinhos, será que faço uma intenção na missa? No cemitério não quero ir, você não está lá.

Só quero te mandar mil beijos, aí no céu.

Quero que você saiba que eu continuo te amando Vó Netty!

Que apesar da distância te sinto perto de mim.

E que um dia eu volto a te encontrar.

Obs: manda um beijo pro Vô e diz que eu também o amo ao infinito e além.


Sua neta,

Daniela










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