Quase 2011.
As pessoas em clima de expectativa e recordações (boas ou ruins, quem sabe?).
O fato é, que por aqui, na terrinha, estamos empacotando tudo prá mudança.
O Carlos me fez fazer um "rapa" no meu guarda-roupa, e juro: teve momentos que fiquei péssima...
A se o guarda roupa falasse!
Você já se deu conta, de que as suas peças de roupa contam histórias?
E como contam...
As roupas das crianças também denunciam bastante: que cresceram, engordaram, que usaram de mais, que usaram de menos, que se machucaram, que estavam pintando, que estavam rabiscando de caneta, que tomaram suco de uva ( e mesmo na era do Vanish - confie no rosa ), algumas marcas não saem...
A aquele macacãozinho amarelo de pintinhos... Abraço e penso no Pê: bebezinho no meu colo. A Vi e a Mari, embrulhadas em xales cor de rosa, e o "all star" do Nico, tamanho 0... (suspiro...)
No meu guarda-roupa não era diferente: tinham peças de 10,15 anos atrás.
Uma vida no meu armário: ocupando o espaço e os pensamentos.
Não vou ser magérrima nunca mais (e nunca fui), então, aquele jeans tamanho 42/44, não vai mais me servir...
Não vou mais advogar então porque, aquele monte de terninhos?
Vestidos sociais? Eu tinha pelo menos uns 15, e aonde vou com eles? Na formatura do Nicolas? KKKKK
Roupa de Balada? Só se for para as Waves aqui de casa, aliás, ontem foi a noite da batida do "The Dog".
Uma hora da manhã e o nosso novo membro da família, resolveu que era a hora de farra.
Sobrou prá quem? Mamãe, claro! E viva a maternidade!
Voltando ao "guarda memórias", teve momentos em que peguei as peças e abracei, lembrando de momentos que foram e viraram fumaça. Senti saudades...
De lugares onde estive, de lugares onde estive (mas a bebedeira não me deixou lembrar direito), dos flertes, das músicas, dos foras, da areia da Ilha no verão, das risadas com minhas primas, dos amigos que a mili anos não vejo, do começo de casada, um sapato que o Carlos me deu de presente, da gravidez 1, 2, 3 e 4, e tudo passou...
Todas as lembranças ficaram velhas, como as roupas do meu armário.
Constatei que cresci, engordei e envelheci. (mas meu marido me acha linda - pelo menos é o que ele diz - e eu acredito! - rrsrsrssrsrsrsrsrsrsrsrsrs- )
Aí, no meio de todo o caos, achei uma caixa plástica, enorme, e quando abri, dei muita risada: um monte de roupas da Vi, que guardei por mais de 5 anos e que agora servem para a Maria Clara.
Roupas intactas, que revelavam dois grandes amores: o de mãe, que tem medo que os filhos se percam dentro das roupas que não param de crescer e o de mulher, que cresceu, para dar lugar a novas lembranças.
Nenhum comentário:
Postar um comentário