domingo, 8 de maio de 2011

Dia das Mães - e minhas considerações

A regra cultural, no Brasil e não sei mais em que lugares do mundo, é comemorar o 2º domingo de maio, como o "Dia da Mães".
É bom prá uma farra adicional: ganhar "muitos mais" beijinhos, te amo"s",  ganhar presentinho extra, ficar longe do fogão (kkkkkkk!), etc..., mas como disse hoje no Face, dia das mães é todo dia!

Todo dia é dia das mães, pais, filhos, avós, e sabem porque?
Por que todo dia, é dia de celebrar a família!
A família é o nosso norte, bússola, esteio, existência.
Não é sempre que as minhas palavras refletem exatamente, o que o senso comum pode avaliar sobre o assunto, mas esta são as minhas considerações!
Esta é a minha opinião, e é a forma com que eu educo os meus filhos.
São as pequenas coisas cotidianas que fazem toda a diferença: respeito, confiança, cumplicidade, concessões, e muito amor.
Não é que todo os dias sejam maravilhosos, mas, como disse o padre, ontem, na cerimônia de casamento do meu irmão: as rosas são lindas, mas além do perfume e beleza, elas possuem espinhos.
Espinhos: incomodam, machucam, arranham, ferem. Mas fazem parte da rosa...
A família é bela como a rosa, mas tem espinhos.
E tolo é aquele que acredita que nunca passará por adversidades! (É claro que pedimos a Deus, que nos livre delas!)
Já começa se avaliarmos que todos somos "indivíduos", ou seja, somos únicos e exclusivos!
A família é um reduto de diferenças...
E aqui aparece a primeira deixa  de que o amor pode se sobressair aos conflitos - isto é família!
Aprendemos então, a convivência e suas regras, sendo a fundamental a incondicionalidade do amor.
A coisa mais triste, e ver uma família apartada!
Isto é uma coisa que entristece o meu coração, o do Carlos e até das crianças.(eles já tem esta percepção muito aguçada! As vezes até assusta).
Não estou dizendo apenas, da distância física, mas também da emocional.
Vou lhes contar um episódio, prá variar com a Chispita!
Meu pai é viciado em trabalho, e isto consome a vida dele. "Workaholic" assumidíssimo!
É assim desde que eu era criança, mas eu e o meus irmãos nos "acostumamos" com o seu comportamento, com a maneira de ele expressar o seu amor. Ele trabalha demais, por que ele nos ama demais. "Quer dar tudo prá gente!". Era o jeito dele e o da minha mãe resumir a sua ausência...
Os meus filhos, criamos de maneira diferente, por isso o Pedro e a Victoria, não entendem a fixação do avô pelo trabalho...
Um dia, em que a Victoria estava muito inspirada - e meu pai já tinha dado um show daqueles! (tô cansado, tenho que trabalhar, meu nome é trabalho, não tenho tempo prá brincar, tetete, tatata, não posso, não devo, não dá, vou a falência - como se eles entendessem o que é isto-, não!, não!, não!...) - que ela argüiu uma terrível conclusão, mas terrível mesmo!
Chegou prá minha mãe e falou (como quem não quer nada): "Vovó, o vovô está muito cansado não é mesmo?"
A minha mãe toda resignada, respondeu, "É sim Vi, ele está!"
Foi a deixa: "Vó, como o vovô está cansado, não é melhor ele ir lá prá outro lado?" - Minha mãe respondeu "Mas, Vi que outro lado?" - E ela continuou: " Lá, vó, do lado de lá...".
E minha mãe sem entender nada: "Não tô entendendo, Vi! Que outro lado é este? Prá onde você quer que seu vô vá?"
E a Vi, respondeu: "Vó, você já ouviu falar que Jesus recebe no céu todos aqueles que estão cansados? Acho que está na hora do vovô passar lá pro outro lado, pro lado de Jesus, prá ele descansar!"
Minha mãe, quase teve um infarto: pro meu pai descansar, ela achou que a solução era despachar ele pro "outro lado". Estava na hora do meu pai morrer!
Ela quase matou foi a minha mãe, com as idéias férteis dela...
Minha mãe, não teve nem coragem de contar isto pro meu pai, e eu e o Carlos quase morremos de rir!
Mas, tudo isto, prá mostrar que: estar presente - de fato, ser cúmplice, participar da vida de seus familiares, vivenciar os momentos (e cada um deles), tudo isto, é importante!
A Victoria, sente a falta do relacionamento com o avô e ela quis achar uma solução, que trouxesse conforto prá ele e prá ela também...
Ela está perdendo um tempo precioso de conviver com o avô e se maravilhar com suas experiências (coisa que eu tive, o Carlos teve), mas o meu pai é que de fato está perdendo... todos os momentos e descobertas das crianças... Quanta coisa ele está deixando de apreciar...?
Estou escrevendo isto e minha garganta está com um nó!
É difícil, e lembro dos olhos do meu pai ontem no altar, e dos olhos dos meus filhos refletindo a vida, e são contrastes tão marcantes. A rosa bem a minha frente:  os espinhos e a beleza.
Mas a rosa, não deixa de ser rosa e por isto mesmo eu não deixo de querer o meu jardim, cultivado, regado e muito florido.
Eu nunca vou deixar de amar a minha família e nunca vou deixar, um dia se quer, de ser mãe e de ser a mulher do Carlos...
Também, nunca vou deixar de amar o meu pai.
Por que mesmo sem ter a percepção de que de fato o tempo é precioso para ser VIVIDO, plenamente VIVIDO, não posso e não vou tirar o mérito dele ser um grande homem.
E mesmo com todas as neuras da minha mãe, também não vou deixar de amá-la, um minuto sequer... ( e olha que tem dia que fico muito brava com ela!)
E estas são as minhas considerações: ame, apenas ame!
Acordando a Mamãe! Que preguiçaaaaa!

Café da manhã na cama

Acordando o Pedro! (depois de acordar a mamãe)

Bjs e boa semana prá vocês!
 

Um comentário:

  1. Oi Dani tudo bem? Gostei muito do seu blog, muito legal mesmo... a Vitoria que me falou, pois não encontrava. Qual é mesmo o seu blog de Pat?Ia conversar com vc. no sábado, mas fui embora logo por conta de uma forte gripe que eu estava (estou)...um abração ..até mais!!!!!

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