Ponto de Vista

Não estou muito legal esta semana.
As coisas aqui em casa estão muito tumultuadas, afinal, o que as finanças não fazem na vida dos casais?
Acredito, que, como eu e o Carlos, a maioria deve ficar bem nervosa, quando o assunto são os pagamentos das contas e principalmente, quando devemos, porque outros nos devem.
É o tal do efeito dominó, um derruba o outro...
Então, estou aflita...
Não tenho vergonha de publicar sobre estes assuntos por que acredito, que todos devem ter passado por isso pelo menos uma vez na vida...
Nós estamos casados a 11 anos, já enfrentamos várias crises financeiras e sempre damos um jeito de chacoalhar a poeira e dar a volta por cima.
Deus nunca deixou de nos amparar, e não estamos na fase mais crítica de nossas vidas... É tudo questão de tempo.
Vamos dizer assim: mais um recomeço...
Aos olhos meramente mortais, podem nos considerar loucos, imprudentes, irresponsáveis.
Começa com o fato de termos uma família com 4 filhos...
"No mundo de hoje, quatro filhos?" -  É o que a maioria nos questiona
Mas o amor por estes filhos é tão grande, que não me arrependo em nenhum momento da minha vida, de ter optado pela minha família!
Loucura é deixar de ter filhos, por pensar que o mundo está doente!
Aí vem os outros argumentos: comida, escola, lazer, atividades extras curriculares, plano de saúde, dentista, vestuário, e tantas outras coisas...
E prá tudo damos um jeito.
Sempre damos um jeito.
E vamos dar de novo, e quantas vezes forem necessárias.
O Carlos é um excelente marido e pai.
É um homem batalhador, trabalhador e determinado.
Ele só não tem, o que eu tenho de sobra, e o que muitas vezes me derruba: ímpeto!
Ele é cauteloso e eu passo por cima.
Eu vou, meto as caras, faço e aconteço!
Pode dar tudo uma merda, como algumas vezes dá... Mas faço!
Ele é comedido. Espera, tem paciência.
Eu grito, berro, tenho chilique.
Ele se cala e isola.
Eu falo pelos cotovelos... ele pensa...
E é desse jeito: pão com manteiga, goiabada com queijo, café com leite e o meu predileto: Waffle com doce de leite...
Somos um só, mas juntos nos completamos.
E completos, passamos pelas adversidades.
Somos dois em um. Cada um com o seu ponto de vista, mas visando um ponto em comum: a felicidade do "nosso reino" - a nossa família.
E passamos por todos os tipos de dificuldades (e alegrias também)  por que sonhamos e acreditamos em nossos sonhos.
Sei que daqui uns 30 anos, vou estar sentada ao lado dele, contemplativa, na varanda de nossa casa, olhando a natureza ao nosso redor, nossos netos brincando  e vendo que nossos filhos se tornaram homens e mulheres  "de bem" e "do bem".
Vou sentir orgulho de nossa caminhada, toda trajetória percorrida.
Vou olhar nos olhos dele e vou dizer: "Valeu a pena!" e ele não vai me responder.
Por que certas coisas nunca vão mudar: enquanto eu "primavera", ele "cedro".

Bj e até a próxima.