quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Momentos difíceis da vida

Hoje estou muito abalada.
Triste mesmo...
Fui até a escola das crianças para levar o material escolar e me deparei com uma coisa me deixou chocada: a foto de um menino da escola, que este ano estava cursando a 8ª série. Ele sofreu um acidente (andando de bicicleta) e morreu.
O ano passado, quando fiz o Workshop na escola para os dias das mães, tive durante alguns dias, contato bem direto com estas crianças, e esse menino, me chamou a atenção, ou melhor eu vi meu marido, nossos amigos e a mim mesma nele.
Ele gostava de rock (do mais pesado) e eu achava bonitinho ele ir prá escola com camiseta do Metallica, e outras bandas, sabe aquelas tipo Galeria do Rock?.
Via nele minha adolescência e o começo de minhas descobertas.
Era um doce: educado, calmo, e pintou a caixa da mãe dele de cor de laranja (foi a única dos adolescentes desta cor, e colocou corações e flores, como se fosse uma tatuagem, mas muito infantil.
Escreveu "mãe eu te amo!" e achei aquilo tão meiguinho!
Tanto este menino, como todos os demais tinham (e tem) a alegria da vida.
Sempre que eu passava por eles, eles me olhavam de um jeito acanhado, coisa de adolescentes e até hoje é assim.
Eu observava neles as brincadeiras bobas, os empurra-empurra, as gargalhadas, as tirações de sarro - por qualquer coisa ou motivo, os cochichos, os stress, a reclamação ou elogio de algum professor, o estado de "alpha", que todos nós passamos e significa viver!
Por isso a minha tristeza.
Quando alguém de idade parte, nós costumamos aceitar o fato de uma maneira mais serena.
A pessoa viveu...
E quando se parte tão cedo, no começo do despertar para o mundo?
O que dizer? E esses pais?
Fiquei pensando no meus filhos e me deu uma dor danada.
Quando agente se torna pai e mãe, a dor parece transpirar pela pele.
E na verdade agente não quer imaginar a dor, mas sente e dói.
Hoje, eu tive que dar uns petelecos no Pedro e ele ficou na escola chateado e eu fui embora apunhalada.
Golpeada pela necessidade do amor e da presença dos meus filhos.
E golpeada pela vida: o destino às vezes é bem cruel.
Só me resta pedir o consolo de Deus, na vida desta família.

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