Estou ouvindo uma mensagem da Comunidade Carisma que foi pregada em 16/01, sobre mulher, mercado de trabalho e vida.
Sugiro que vocês escutem esta pregação, mais uma vez o Anésio se superou.
http://www.comunidadecarisma.net/portal/mediacenter/ouvir_mensagem.asp?id=421&id1=3
Ando questionando muito a respeito disto e continuo em conflito pessoal.
As crianças não conseguem entender a importância da mamãe ter um hobbie, profissão ou qualquer coisa que lhe dê prazer sem ser as suas constantes presenças.
Hoje, estou dona de casa por opção.
Mas, isto não significa que passo, lavo, cozinho...
Tenho minhas auxiliares.
Mas é engraçado, sinto culpa até por isto.
Quantas vezes o Pedro não me cobra, porque a comida a mesa não foi feita por mim?
Parece que estou sendo "infiel" a minha casa.
Loucura?
Quantas mulheres não se sentem assim?
Semana passada a Vi chegou prá minha mãe e reclamou: "Vovô, a mamãe fica o dia inteiro no ateliê ou na internet e nem liga prá gente..."
Que mentira descarada...
Mas aí me lembrei de quando era pequena... e me senti mal...
Minha mãe sempre foi presente, até de mais eu diria.
Prá se ter idéia, ela não deixava agente (eu e meus irmãos) tomarmos um ônibus sozinhos.
Sabe aquela super proteção doentia? Seu nome era Marcia.
Só que minha mãe também tinha seus hobbies: "pintava, bordava" e trabalhava com meu pai na empresa da família.
E tudo isto para mim era a morte: como eu me sentia negligenciada...
Parecia que tudo que minha mãe fazia, vinha sempre na minha frente.
Sentia muita raiva!
Aí entendi a minha filha...
Criança é egoísta.Todas são.
E ser mãe ocupa espaço mesmo, e este espaço nunca é grande ou pequeno demais...
Os filhos sempre querem mais: e nós pais também...
Estamos sempre satisfeitos com o que recebemos de nossos filhos?
Não nunca.
Analisando friamente: sempre haverá cobrança, exigência da presença: seja dos pais, seja dos filhos.
Cada um em uma determinada época, é a lei da vida.
Mas uma coisa é certa: não podemos de deixar de fazer aquilo para a qual sentimos o nosso "chamado", aquilo para o qual temos aptidão e muito menos responsabilizar a nossa família por não fazermos aquilo que queremos realizar.
Sou dona de casa por opção, mas sou blogueira e tenho meu ateliê.
Tenho outras ambições sim, mas respeito o tempo, apesar de as vezes querer que ele voe.
De mais a mais a Vi, o Pê, a Mari e o Nicas, terão que entender que além de mãe, sou mulher e busco minhas próprias realizações.
E sei que um dia, os meus filhos terão de passar por isso também com os seus filhos.
Mas espero que eles nunca desistam de alcançar os seus SONHOS.
Bom final de semana!
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