domingo, 21 de novembro de 2010

"A primeira dor de cotovelo agente nunca esquece"

Sexta-feira a noite toda a família bodiada. Eu numa podridão (eta semana corrida).
Fui buscar a Vi na casa de uma amiguinha e avisei para o Pedro (que foi comigo buscar a irmã) chegando em casa "BANHO!".
O Carlos estava na frente de casa com o Nicolas, parei o carro pro Pedro entrar, e fui levar a Ana (amiga da Vi), até a casa dela (um pouco a frente da minha).
Estava eu de papo com a Fran (mãe da Ana) e o Pedro correndo pela calçada.
De repente só vejo ele rolando a calçada e dando uma cacetada de ponta de cotovelo (aaaaaiiiiiiiiiii!!!), fiquei estática e ele rolando de dor.
Meu marido e minha amiga sairam prá socorre-lo eu com o Nicolas no colo.
Levamos ele prá dentro da casa da Fran e eu que nem barata tonta.
Quebrou? Aparentemente não, mas por via das dúvidas é melhor ir ao médico.
Agora de noite? Nem pensar, vamos esperar até amanhã e ver se melhora...
No dia seguinte a melodia que ressoava pela casa era "AI MEU BRAÇO!"
Vou contar uma coisa prá vocês: morar no interior as vezes é uma merda!!!
Nosso plano de saúde é a Sul América, que é aceita nos hospitais top-top de SP, mas por aqui, não serve nem como papel higiênico.
Ai, corre prá Santa Casa, que de santa não tem nada, parece um hospício.
Agora tem uma nova regra: chegando lá se você não tem cartão do SUS, você não é atendido, ou seja, o SUS virou plano de saúde: se você tem a droga do cartão é atendido, se não tem passe bem! (mal, longe de lá).
"Tem ortopedista?" pergunto eu pra atendente - (que foi super simpática, de verdade) - e ela me responde como se já estivesse acostumada com a situação - "Não, só clinico geral, mas ele examina o menino!".
A tá! Prá que servem mesmo as especialidades médicas?
A gota da água foi o petit de um (bêbado, drogado ou louquinho mesmo) sei lá o que, mas o enfermeiro jogou ele prá cima de onde eu e o Pê estávamos sentados. Ele bradava: "vou pegar minha arma!!!" e o enfermeiro: "o sr vai se acalmar????" - dando uma chave de pescoço no sujeito - e só deu tempo de olhar pros olhos esbugalhados do meu filho que me disse em tom de misericórdia: "mãe, tô com medo de ficar aqui!".
Puxamos literalmente o carro, eu e filhote.
Não teve jeito mesmo: viemos pra SP,  no São Luiz (era o mais perto).
Gente: até de sábado agora tem trânsito?
Fala sério, ninguém merece... Eu bufava dentro do carro.
Quando olhei ao meu redor no hospital, quase tive uma síncope: LOTADO!!!
Orei a Deus, e clamei por paciência!
Mas pela benção do Senhor, o Pê até que foi chamado bem rápido.
Depois de mais 30 minutos aguardando por uma radiografia, o médico concluiu que fratura de criança pode demorar até 48 horas para aparecer, então como o braço dele estava inchado: engessa!
A glória na vida do Pedro! Quando ele saiu de dentro do setor de atendimento e viu o pai, ele não se conteve: "Não falei que ia engessar?!!!" Todo mundo que estava esperando por atendimento começou a rir. Que felicidade por um braço engessado!
A mente dele viajava: tudo na mãozinha, não ir a escola, ficar o dia inteiro vendo tv, mamãe e papai vão dar banho em mim!
Até que a bruxa má da mamãe, acabou com a "dolce vita" do doentinho: " Pedro você machucou o braço esquerdo e pelo que eu me lembre, você não é canhoto!" (cara de frustração)
"Mãe, mas eu não posso fazer esforço!"
"Haha,pode sim!"
Poucas horas depois da felicidade pelo braço engessado, começou a irritação: é pesado, coça, tá quente, não dá prá dormir...
É, nem tudo é festa em se tratando de dor de cotovelo...
O Pedro que o diga!!!

Um comentário:

  1. Dani, não parei de rir, tirado o momento que ele caiu o resto dei muita risada.

    queria realmente ver a cara do pedro qdo vc falou q ele tava com o braço errado engeçado q ele podia usar o direito.

    mto bom o post.

    bjao
    Denis

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