Acordo. Na realidade abro os olhos. Os olhos do Nico nos meus "mama, mama". Ajeito ele nos braços e dou o peito. Ele mama despreocupado, seguro por saber que estou ali. São 6:30 da manhã.
As 7:00, Maricucha espevitada, começa a bradar " quero mamazinho, mamazinho!".
Eu dando o peito prá um, e tenho que fazer o mama da outra.
Nenhuma das ajudantes chegou, e a hora passando.
Esta noite dormimos eu, Pedro e Nicolas (no meu quarto) e o Carlos com as meninas.
A Vi, acorda e pula pra minha cama. Me fala pela milésima vez, dos dentes que estão moles. "Eu sei filha, a hora que for prá cair, vai cair..." Bocejo.
Cadê as ajudantes? Preciso de café.
Prá fazer xixi vou com Nicolas pro banheiro. Nicolas quer ficar no colo, chora.
Mari quer o mamazinho.
Ajudantes chegam: "Boa Tarde!"
Sinto o cheiro de café, e o humor começa a mudar.
Faz a lição de casa com as crianças, começo a trabalhar (embala sabonete, fecha saquinho de tecido, faz laço de fita), tira Mari de perto da tesoura, põe filhos prá almoçar, leva filhos prá escola.
Engole a comida, volta a trabalhar e espera a mãe chegar.
Mãe chega e avisa que não vai demorar ( a outra filha, vulgo minha irmã, pegou uma encomenda de bolo de aniversário: sem ovos, sem farinha e sem açúcar. Pois mel na massa, ficou ótimo. Tem que fazer uma cobertura de ameixa, receita da vó. Tem que entregar o bolo na Vl. Madalena. Então, leva a filha.)
E fica filha, que busca os filhos na escola, tem que fazer janta e brigou com o marido por causa das contas.
Esta é minha antológia poética.
Dani, é uma bela poesia, minha querida! Não duvide disto! Beijão!
ResponderExcluir